domingo, 3 de janeiro de 2010

1° de janeiro


Após o pão e circo,
sigo em busca da ciência de desinventar.

No vazio do salão amanhecido
ainda ressoam os ecos dos champanhes,
os alaridos esperançosos,
os sussurros de cumplicidade.

De sólido,
ficaram os confetes e serpentinas,
que nada entendem da solidão.

(Rascunhos do absurdo)

3 comentários:

romério rômulo disse...

jorge elias:
muito bom.
um abraço.
romério

Jorge Elias disse...

Obrigado Romério

Forte abraço.

Oliver Pickwick disse...

Velho Jorge, o seu talento para "desinventar" é tão imenso quanto o de escrever versos. E, até hoje, não sei qual deles o torna um poeta precioso. Talvez os dois.
"Panis et circencis". Jorge, se vivesse na Roma antiga, ou derrubava o império ou seria atirado aos leões. Seu incorformismo e questionamento poético jamais passaria despercebido.
Um abraço e venturoso 2010!