terça-feira, 26 de março de 2013

Ester Abreu


A MIS POETAS
            A G. Bécquer

Quisiera transformar el villano idioma
en un divino canto
de loor a la vida.
Quisiera del villano idioma
hacer la metamorfosis
                            de las  cosas
                            para que sean
                            ellas
                            mismas.
Quisiera del idioma
sustraer palabras
que a un  tiempo
                            sean
                             belleza
                             y eternidad.
Quisiera imitar a los creadores y crearles
un himno de loor,
                             pero
                             mi  ingenio
                             se hace
                             un  árido
                              desierto
que - mísero surtidor sin agua -
aleja
los pájaros cantores.
Quisiera...quisiera ...
 ¡ Ah, Dios mío! 
y ¡cuánto lo quisiera yo...!


LLANTO A FEDERICO GARCÍA LORCA

Voy a cerrar mi balcón
para no oír el llanto.
Mil violines de cristal
se acercan de mi balcón
y los muros grises lloran por un ruiseñor muerto.
Mil panderines de luna
relumbran en mi ventana
y los perros de luna lloran por un clavel muerto.
El viento arde hogueras de cristal
por el camino del alma
y ya se fueron como el relámpago
con truenos grasos
aquéllos que han cortado
las alas de Granada.
(Dónde estás, Federico,
con tu música de ala?)
Los gitanos de pecho,
con la guitarra en la garganta
y con lentejuelas en los ojos,
girasoles de penumbra
derraman por la madrugada.
(¡Ay, Federico, clavel rojo!).
La luna, luna lunera
enciende el Albaicín
de mil farolitos de agua.
- ¿Dónde estás, Soledad
con la pena, pena negra?
-Estoy llevando el canto
de un gitano de pecho
llorando limones de agua.
(Ay, Federico, que me deja sola!)
. Voy a cerrar mi balcón
porque no quiero oír el llanto
de la pena gitana.

ESTER ABREU VIEIRA DE OLIVEIRA (Muqui, ES, Brasil, 31/01/1933), escritora, pesquisadora, professora universitária, acadêmica (Academia Espírito-santense de Letras – Cadeira 27; Academia Feminina Espírito-santense de Letras – Cadeira 31). Membro de instituições culturais (Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo; Associação de Professores de Espanhol do Espírito Santo, Associação Brasileira de Hispanista; Asociación Internacional de Hispanista; Asociación de Lengua y Filología de América Latina; Associação Brasileira de Literatura Comparada) e de setores culturais (Conselho Editorial da Revista Hispanista, da Revista Mosaico, dos Escritos de Vitória e da Revista Contexto-UFES). Coordenou eventos culturais e publicações de antologias. Recebeu várias homenagens (entre elas o seu nome no prédio do Centro de Línguas da UFES) e prêmios por sua atuação profissional e literária. Participou dos Conselhos de Cultura do Estado, da Prefeitura Municipal de Vitória e da Lei Rubem Braga da PMV. Recebeu o título de Cidadã Vitoriense. Foi diretora da DIPEPG- CESV, presidente da Associação de Professores de Espanhol do Espírito Santo (APEES), da Academia Feminina Espírito-santense de Letras e da diretoria da Academia Espírito-santense de Letras, entre outros cargos  acadêmicos e culturais.
Títulos: Bacharel e Licenciada em Letras Neolatinas (UFES- 1959); Pós Doutora (UNED, 2003); Doutora em Letras Neolatinas – Língua Espanhola e Literaturas Hispânicas (UFRJ, 1994); Mestre em Letras - Português (PUC – Paraná, 1983); Especialista em Filologia Espanhola (Instituto de Cultura Hispânica – Madri); bolsista pela Gulbenk para cursar Português Superior na Universidade de Lisboa- Portugal, 1968). Bolsistas pelo Governo Espanhol para fazer cursos de especialização e atualização (Madrid, 1968, Salamanca, 1994, Madri, 2003) .



quarta-feira, 20 de março de 2013

Resenha crítica do livro Rascunhos do absurdo

Uma leitura dos Rascunhos do Absurdo de Jorge Elias Neto

Por Márcio Almeida

Resenha crítica, publicada no Portal Cronópios de Literatura

http://www.cronopios.com.br/site/critica.asp?id=5651