segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dia do livro

OS LIVROS


Os livros são meu celeiro
de devaneios.
Onde adormeço
na dobradura do tempo
                  - pênsil -
no desfiladeiro de um cotidiano
que nos semeia
no nada.


Os livros
abraçam
minha loucura
atordoada
pelo semblante
de homens dignos,
sóbrios e austeros,
óbvios
e dissonantes.


Os livros
me permitem
compartilhar silêncios,
dissolver urgências,
contagiar os
dias com angústias
bem-vindas.


Os livros
me batem
na cara,
me chamam de homem
e me despem,
                  sádicos.

Jorge ELias Neto

23 de abril de 2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Agradecimentos e convite

Em 2007, por sugestão do poeta capixaba Miguel Marvilla, criei este blog. Naquela oportunidade eu desconhecia totalmente o mundos dos blogs - o mundo virtual.
Desde então foram aproximadamente 30.000 acessos ...Tivesse eu Facebook ou vídeos no Youtube
poderia, como muitos, não considerar este número de visitas tão relevante. Mas não penso assim.
Não tenho Facebook (como já disse várias vezes) mesmo sabendo que daria muito mais visibilidade aos poemas. É uma atitude consciente.
Comemoro e agradeço todos os leitores que deixam aqui seu olhar e, eventualmente, seu comentário.
Este blog, com o passar do tempo atendeu a um outro propósito: permitiu que o leitor Jorge Elias Neto visitasse os poemas e se confrontasse com as limitações e imperfeições dos textos. É um aprendizado.
Por fim, deixo um convite para acesso ao Portal Cronópios, onde foi publicada , essa semana, um Vídeocast que gravei no mês passado. No vídeo leio dois poemas de meu próximo livro:  Os ossos da baleia.
Um forte abraço para todos!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

POEMA COMO PRECE ANTI-TERROR

                                    Antônio Adriano Medeiros
A cada manhã
O Poeta nosso está no céu.
Iluminado é seu nobre canto
que vem a nós. Como um espelho
imitemos sua bondade
aqui na Terra: cedo, com fel,
o Cão nosso de cada dia seja morto!
Protejamos todas as crianças
assim como nós protegemos
os nossos filhos queridos.
Jamais caiamos na vil tentação
que nos leva aos maus homens
que saem executando inocentes nas ruas
ou se auto-imolando em vis explosões
que matam a Poesia e transformam o dia
num triste poema com as vísceras de fora.

Antônio Adriano de Medeiros nasci em Santa Luzia, na Paraíba. Sou médico, formado em João Pessoa, com especialização em Psiquiatria, no Rio de Janeiro. Obras publicadas o "Soneto Para O Diabo", na revista holandesa Sur, em 1995; os "7 Sonetos de Um Amor Muito Safado", na Antologia Eros, Ed. Poesia Diária, 1999, participou de três Antologias de Escritas:- 1, 2, e 4.
Publicoui em 2000 o livro "Zoológico Fantástico", Ed. Papel Virtual, revisado e no prelo para nova edição.