terça-feira, 20 de maio de 2008

Rotina


Convivia-se com a conformidade
de ter o universo próximo de casa.

O espaço delimitado
pelo absurdo traço da conveniência
era marcado pelas solas dos sapatos.
(que trazia a fotografia do mijo fora da privada)

Para o gozo
O número era par.

De pouco importava a singularidade da morte.





(Para não dizer que não falei...)

10 comentários:

Lunna Guedes disse...

Nossa! Li o poema duas vezes, gostei das linhas em versos, mas confesso que causou-me silencio e uma necessidade de ler outras vezes mais, talvez em um outro momento porque tudo que visualizei está distante de mim no momento e ainda assim disse-me algo. Vai entender.
Boa noite caríssimo

Katia De Carli disse...

Meu querido
Sinto algo no ar, talvez a singularidade da morte... mas estou muito longe de conseguir te entender hoje...
Quanto a Machu Picchu, não se preocupe, o momento certo chegará, eu esperei mais de 15 anos, sonhando... até que consegui! Era o meu momento.
Onde está vendendo seu livro?
beijos

Jorge Elias Neto disse...
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Josely Bittencourt disse...

É, quando o tempo "delimita espaços" as marcas vão paulatinamente tornando fendas, sulcos. Solas e passos mimetizados, como o resto q se encontra delimitado. Par ou impar, gozo ou morte, tudo conta sobre a inevitável singularidade que o poema engendra.


:^)

Dauri Batisti disse...

Seu poema me fez lembrar um personagem "Blank" de Paul Auster no livro "viagens no scriptorium"

ivone disse...

falou sim
se falou
falou bem
e lindo
apesar de
eu li
sim

Anônimo disse...

Gosto da linguagem.
:)

Katia De Carli disse...

Nem pensar em mandar por correio...
Vou mandar um e-mail com os meus telefones e a gente ainda vai se encontrar para tomar um café e trocar os livros.
Moro pertinho do S.Rita
beijo

Mésmero disse...

Well, se ele mijou fora da privada e caiu no sapato, tá tudo explicado.

Leila Andrade disse...

é não é assim a vida, meu caro, de passos marcados por todos os cantos da casa, da consciência?
obrigada pela sempre presença,
Bjão