quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ao poema


Foto:Jorge Elias



Parte-se do esquecimento.
Caminha-se para o esquecimento.
Disso dou testemunho.

Tamanha consciência da morte vindoura
nomeia encantamentos
em cada trecho de aurora.

E, se, em algum momento,
falta ao punho o sustento,
recolho-me ao verso que apoia.

Eis a dura lida que ao poeta condena.
Mas apesar do tormento da finitude certa,
tem o poema – pulsão de vida –, rumo ao esquecimento.

5 comentários:

Paula Barros disse...

Estava passeando pelo seu blog, me perdi das horas, me esqueci do tempo.

Gostei muito dessa foto. Mas a foto em Cumuruxatiba - Bahia está belíssima, me transportei.

Li e reli alguns poemas. Manto mexeu comigo.

bom final de semana!

Gustavo Felicíssimo disse...

Belo poema, meu caro. Vida longa! Como vai o livro?

Gustavo Felicíssimo disse...

Belo poema, meu caro. Vida longa! Como vai o livro?

Evandro L. Mezadri disse...

Bela poesia Jorge, muito bem escrita, gostei de suas obras.
Grande abraço e sucesso!

Lunna disse...

Sempre tenho dificuldade em comentar poemas porque a pele sente e a gente fica com o verso fazendo sombras em nossas vilas. O que dizer a partir disso? Eu prefiro o silencio.
Grande abraço