segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Sobre o mito de Sísifo



A labuta não respeita o portal das casas.

Dentro e fora – rolam-se pedras.



– Avisem-me

quem joga o bilboquê de pedra dos dias.



E segue o homem-bastão

entre romper o barbante

ou deixar que lhe caia sobre a cabeça

o peso da tomada de consciência.



O homem é um ser interrompido.



Seja no curtume das horas

ou nas contas do terço,

ele sempre se agasalha

com a tênue esperança.



“roda peão,

bambeia peão...”

No absurdo de agora

e à espera da vida eterna,

Amém!

6 comentários:

Jacinta Dantas disse...

E a gente segue. (Inter)rompidos e inter(rompendo) os dias, as horas, travesdido de Sísifo para driblar a morte. E vamos: plantamos árvores, fazemos filhos, escrevemos e travamos a grande luta do querer-se imortal.
Beijos Jorge

Dauri Batisti disse...

Ja tinha lido este teu poema. Mas reler me deu a contemplação da beleza dele novamente. Dos teus um dos meus preferidos.

Um abraço.

Isabel disse...

o que eu gosto daqui.....................


tanto.



beijo.



grato.



_________piano.

Mésmero disse...

Jorge, os cafés literários ainda não começaram. Assim que começar, eu lhe aviso. O problema é que iniciam junto com as aulas...

Josely Bittencourt disse...

da ciência q tiro
q atiro na consciência
me tiro da tomada
a mentira vem tombada
e só retomo
retomo
retomo
.
.
.

Jorge, sempre aqui, mesmo q quietinha, viu?!

um abraço

anareis disse...

Estou fazendo uma campanha de doações para criar uma minibiblioteca comunitaria na minha comunidade carente aqui no Rio de Janeiro,preciso da ajuda de todos.Doações no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 Que DEUS abençõe todos nos.Meu e-mail asilvareis10@gmail.com