Em que pés
se sustenta o homem
cujo deus
interior
– atordoado –
não mais justifica
a fome do prato
sem hóstia,
do temor
sem abrigo
de uma morte
sem sentido?
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A primeira gota
carrega sua identidade
nesse caudal?
Ou se dispersa
como os homens
no sufrágio das almas
nessa penúria dos eleitos
que rogam delirantes
a diluição de sua irrelevância
aos pés da cruz?
Jorge Elias Neto
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