A mínima distância
já é um desencontro.
(Vestia seu corpo
com as rendas da íris...)
Restam noites de dilatadas pupilas
a vasculhar indícios do derradeiro gozo.
No horizonte dos lençóis,
a sombra da silueta persiste.
Como persiste os miasmas
dos pés enlaçados.
Só miragem na depressão do leito.
E um em torno de sombras devassas.
Jorge Elias Neto
sábado, 27 de novembro de 2010
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3 comentários:
Grande poema, meu amigo! Sempre um tom reflexivo (paradoxalmente) e dramático...
De uma beleza ímpar!
Realmente muito bonito, Jorge. Gosto cada vez mais do tom da tua poesia. (Amanhã mando a bio e a foto, ok?) Abçs!
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