Não, não era ainda a era da passagem
do nada ao nada, e do nada ao restante.
Viver era tanger o instante, era linguagem
de se inventar o visível, e era bastante.
Falar é tatear o nome do que se afasta.
Além da terra, há só o sonho de perdê-la.
Além do céu, o mesmo céu, que se alastra.
num arquipélago de escuro e de estrelas.
(Antonio Carlos Secchin in: Todos os Ventos - 2002 - Ed. Nova Fronteira)
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
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