Creio nos pássaros
que voam
bêbados de ocaso.
Marco
Lucchesi
– exíguo –,
maestro dos
mártires,
se acreditasse ser possível
apagar dessa terra
a brutalidade do homem
ao cruzar com o absurdo
de sua beleza.
(Cada homem trás
dentro de si um pasto
de soberba.)
Fecharia a porta
brutalmente tombada,
resgataria os olhos
cerrados
para o ilusionismo das cores
– cotidiano de
assombramentos.
E suas asas
deteriam a paz do homem
que se arremete
– ligeira –
para um futuro patético.
Respeitoso,
entenderia a sonoridade
distante
do seu canto
no silêncio,
e me ocuparia do imenso.
Jorge Elias Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário