OS LIVROS
Os livros são meu celeiro
de devaneios.
Onde adormeço
na dobradura do tempo
- pênsil -
no desfiladeiro de um cotidiano
que nos semeia
no nada.
Os livros
abraçam
minha loucura
atordoada
pelo semblante
de homens dignos,
sóbrios e austeros,
óbvios
e dissonantes.
Os livros
me permitem
compartilhar silêncios,
dissolver urgências,
contagiar os
dias com angústias
bem-vindas.
Os livros
me batem
na cara,
me chamam de homem
e me despem,
sádicos.
Jorge ELias Neto
23 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
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