O tempo, meu amor,
sempre se dilata
e marca sua face.
O rio se adianta
em desandada
pressa,
e sua sombra,
esguia e distante,
é mais inquieta
que as águas.
Nas horas tardias
sua sombra
permanece.
Mas tomba
o sol,
e resta apenas a palidez
de seu espanto.
Jorge Elias Neto
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
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