Filme: Noir
Um olhar,
na ausência,
é insubornável.
Noir
Disseste
que a corda
apazigua os desencantados.
Disseste
que a terra treme
nas bordas
do despenhadeiro.
A terra não tem nada
com teu descontentamento.
Ela é acima de qualquer suspeita.
É que a luz só atinge tuas costas.
Hoje,
a estupidez não é mais um traço,
é um demônio que se agiganta.
(Rascunhos do absurdo – 2010)
Dialética do desenlace
Para o interlocutor ausente
Estamos sós.
E a tristeza que invade os espaços íntimos
não permite sobriedade.
Desfazem-se gestos
para evitar a tortura de sentir-se interpretado.
Quando calar-se
é um virar de costas.
(Inédito)
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Noir - Facetas da alma ( I )
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2 comentários:
E por aqui passeio pelas linhas e entrelinhas carregadas de mistérios, penúmbras...e olhar aguçado.
Grande abraço e um bom domingo.
Esse primeiro poema, Noir, está muito bom.
..eu sempre gostei de nomes, acho que já decidem ou dizem algo da coisa, e esse [Rascunhos...] é excelente.
Esse Noir tem algo definitivo.
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