O risco
O risco era solto.
Vivia sem Pai,
sem Pátria.
Indecifrável,
esperneava ao mínimo
indício de caligrafia.
Ricocheteava nos lajedos,
saía chamuscado das rusgas,
mas sem resquícios de letras.
O risco não sabia,
mas era um hedonista.
Usava a camuflagem
dos desentendidos.
Serelepe,
causava seus descaminhos.
O risco, ora era frouxo,
ora era tenso;
seguia desmoldando intenções.
Era corisco,
não se deixava
ferrar com palavras.
Incorrigível,
só tinha um temor:
a descontinuidade.
Criava-se no silêncio,
não deixava rastros.
Optou pela clandestinidade
ao abandonar o traço.
O risco era solto.
Vivia sem Pai,
sem Pátria.
Indecifrável,
esperneava ao mínimo
indício de caligrafia.
Ricocheteava nos lajedos,
saía chamuscado das rusgas,
mas sem resquícios de letras.
O risco não sabia,
mas era um hedonista.
Usava a camuflagem
dos desentendidos.
Serelepe,
causava seus descaminhos.
O risco, ora era frouxo,
ora era tenso;
seguia desmoldando intenções.
Era corisco,
não se deixava
ferrar com palavras.
Incorrigível,
só tinha um temor:
a descontinuidade.
Criava-se no silêncio,
não deixava rastros.
Optou pela clandestinidade
ao abandonar o traço.
Um comentário:
Um bonita homenagem diante deste tragédia absurda.
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