"No ponto em que as coisas se encontram, só merecem interesse as questões de estratégia e de metafísica, aquelas que nos fixam na história e as que nos afastam dela: a atualidade e o absoluto, os jornais e os Evangelhos...
Vislumbro o dia em que só leremos telegramas e orações. Fato notável: quanto mais o imediato nos absorve, mais sentimos necessidade de tomar a direção oposta, de forma que vivemos, no interior do mesmo instante, dentro e fora do mundo.
Da mesma maneira, ante o desfile dos impérios, só nos resta buscar um meio-termo entre o ricto e a serenidade."
1957
Cioran E M. História e utopia; tradução de José Thomaz Brum. – Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Cioran - História e Utopia
Postado por Jorge Elias às 8:52 AM
Marcadores: Cioran, História e utopia, livro
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Um comentário:
É verdade!
Atualmente só leio "manchetes" como "telegramas"
Fico com a serenidade, mesmo porque minha leitura não modificará em nada os fatos.
Abraços
Mirze
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