quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Desejo
Rasgo-te entre os nós,
para ver desfiar tuas esperanças.
Esvazio a palavra,
para te corroer as entranhas.
Busco assombrar-te em teus sonhos,
para assim te sugar a alma.
Em tí despejo os dejetos de minhas vidas,
para te ver culpado pela minha existência.
Grito enlouquecido as minhas trôpegas verdades,
para que se faça cruel o teu destino.
Imagino e sorrio como o falso profeta,
para te ensandecer com verdades distorcidas.
Uso a sedução dos demônios convictos,
para te assinalar o abismo das excrescências humanas.
Por fim te beijo.....
O marco final do falso testemunho do que me fiz por teu amor.
Jorge Elias Neto - 2005
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Um comentário:
O desejo sempre nos enredando em perplexidades - e uma bela tradução em poesia, esta com que vc nos brinda.
Um abraço.
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