Ser o eco das imperfeições.
A solubilidade do instante.
O entardecer entre nuvens –
quando o sol se dissolve
no piscar das pálpebras.
O inesperado,
o suspeito.
A perda do filho que apenas principiava.
A morte a atrapalhar a risada dos desatentos.
Ser o lamento.
A antevisão do pisotear dos corpos.
Palavras com tessitura de um devaneio.
Ser o meio
com todos desperdícios.
Ser o vício.
O mito extinto.
A bolha de ar na traquéia rompida.
Ser dos anjos, a comida.
Ser a orgia.
Peripécias.
A gudeira na mão do crepúsculo.
O definhamento dos músculos.
A graça das línguas.
Ser a míngua.
Fadiga.
A miragem da felicidade.
O tropeço.
O preço da vida.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
O que seja
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Um comentário:
Ei Jorge,
você e sua poesia: fonte de encantamento e beleza. Pensando nisso, deixo hoje um presente para você lá no meu florescer.
Um abraço
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