sábado, 15 de agosto de 2009

Ferreira Gullar



INTERNAÇÃO

Ele entrava em surto
E o pai o levava de
carro para
a clínica
ali no Humaitá numa
tarde atravessada
de brisas e falou
(depois de meses
trancado no
fundo escuro de
sua alma)
pai,
o vento no rosto
é sonho, sabia?


Poema escrito por Ferreira Gullar, pai de dois filhos portadores de esquizofrenia.

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