E esse Sol
forjando o imponderável
na bigorna do horizonte
E essa Lua
intangível
com suas promessas de sonho
E esse momento
em que nos aproximamos das brumas ...
(O Estalo da palavra)
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Ciclos
Postado por Jorge Elias às 11:10 AM 9 comentários
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Levem-me as horas
para os caprichos mundanos!
Já destaquei a etiqueta.
Tomei posse do indivíduo.
Será que não vêem em meu
ante-braço o carimbo de “pago”?
Postado por Jorge Elias às 3:27 PM 5 comentários
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sábado, 11 de outubro de 2008
Zé das Virgens
Zé das Virgens –
um despirambado!
Sempre com
respingos de aurora
no olhar.
Ao longo dos anos
ninou a menina Maria,
adormecida pelo cheiro da cola
(deu-lhe o nome
de Maria das Nuvens).
Zé das Virgens
desposou Maria das Nuvens,
debaixo de uma marquise,
num dia de tempestade.
Muito, de tudo,
ele ofereceu
para sua amada:
Deu-lhe
às águas do mundo,
às pétalas das rosas,
os sons das ondas,
o ruído das asas dos colibris.
Pediu-lhe apenas
a escuridão de sua boca.
(sumidouro do mundo)
Para onde partiu
deixando de lado
a eternidade.
(Breves palavras)
Postado por Jorge Elias às 8:13 AM 6 comentários
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Carta ao jovem Nietzsche
O fino trato
que despendes com tua escrita
não merece o desfastio
dos ascetas.
Poeta,
mantenha léguas
do itinerário dos justos.
O verso
que te arde as conjuntivas,
que faz suar as mãos sobre a mesa,
desgosta os santos.
Lembre-se que
gostariam de te estirpar
os olhos mas
te presenteiam com um sorriso.
Sempre soubestes
que poderias contar
com teus inimigos
(os bons e justos tudo temem)
Poderá existir alguém
mais fiel que um inimigo?
Postado por Jorge Elias às 10:33 PM 6 comentários
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